domingo, fevereiro 26, 2012

começou bem!


Comprei ontem o livro "Os Filhos de Anansi", de Neil Gaiman. Sem folear, nem ler a orelha, confiei totalmente na minha prévia admiração pelo autor, e também no fato de o livro estar envolvido com uma daquelas faixas promocionais que dizem "Primeiro lugar dos mais vendidos na lista do New York Times" ou algo do tipo.

Bom, pra mim o livro não podia ter começado melhor! Depois de uma dedicatória linda, o primeiro capítulo ("o qual basicamente discorre a respeito de nomes e laços familiares") começa com essa sonora digressão:

"Esta história começa, assim como a maioria das coisas, com uma música.
Afinal de contas, no começo havia as palavras, e elas vinham acompanhadas de uma melodia. Foi assim que o mundo foi feito, que o vazio foi dividido e que a terra, as estrelas, os sonhos, os pequenos deuses e os animais vieram ao mundo.
Eles foram cantados.
Os grandes animais foram cantados para a existência depois que o Cantor já havia criado os planetas, as colinas, as árvores, os oceanos e os pequenos animais. Os penhascos que cercam a existência foram cantados, assim como os campos de caça e a escuridão.
As canções permanecem. Elas perduram. A canção certa pode fazer um imperador tornar-se motivo de chacota, pode arruinar toda uma dinastia. Uma canção pode permanecer depois de os acontecimentos e as pessoas nela descritos terem se transformado em pó, em sonhos e morrido. Esse é o seu poder."

Diante de tamanha reverência ao universo musical, resolvi fuçar na internet pra ver se encontrava alguma relação fatídica de Neil com a música, claro, além de ele ser casado com a cantora, compositora, ídola e musa absoluta Amanda Palmer.

Mas é claro que sim, a música e os sons sempre permeiam a obra dele, artista fantástico de sentidos aguçados que ele é. De cara já lembrei de algumas histórias do Sandman em que o mito grego Orpheus aparece como personagem, em várias histórias. Em breve vou fazer um post sobre Orpheus!

Mas antes.... preciso continuar a saber da canção d' Os Filhos de Anansi.

Até depois!

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